1 – Os Espíritas sempre disseram: “A forma não é nada, o pensamento é tudo. Faça cada qual a sua prece de acordo com as suas convicções, de maneira que mais lhe agrade, pois um bom pensamento vale mais do que numerosas palavras que não tocam o coração”.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. 28)
As comunicações inteligentes, entre os Espíritos e os homens, podem ocorrer por sinais, pela escrita e pela palavra.
Tais sinais vem evoluindo no decorrer dos tempos sempre no intuito de facilitar e aprimorar tais comunicações para que possamos sempre aprender ou auxiliar com mais eficácia. Nos tempos de Kardec tínhamos as mesas girantes e pancadas (efeito físico), nos dias atuais temos a psicofonia, a psicografia. Efeitos físicos que tanto chamou a atenção do mundo no século XVIII, nos dias atuais é quase inexistentes, alguns centros ainda fazem tais reuniões mas com pouca aplicação prática, quase que apenas para provar que é possível, porque a espiritualidade que visa a instrução já não vê mais sentido em tais reuniões.
Psicografia:
Espíritos empregam, como intermediárias, certas pessoas dotadas da faculdade de escrever. As comunicações transmitidas pela psicografia são mais ou menos extensas, segundo o grau da faculdade mediadora. Alguns não obtém senão palavras; em outros, a faculdade se desenvolve pelo exercício, e escrevem frases completas, e, freqüentemente, dissertações desenvolvidas sobre assuntos propostos, ou tratados espontaneamente pelos Espíritos, sem serem provocados por nenhuma pergunta.
Psicofonia:
Certas pessoas sofrem, nos órgãos da voz, a influência da força oculta que se faz sentir na mão daqueles que escrevem. Elas transmitem, pela palavra, tudo o que os outros transmitem pela escrita.
As comunicações verbais, como as comunicações escritas, têm, algumas vezes, lugar sem intermediário corpóreo. Palavras e frases podem ressoar em nossos ouvidos ou em nosso cérebro, sem causa física aparente. Os Espíritos podem, igualmente, nos aparecer em sonho, ou no estado de vigília, e nos dirigir a palavra para nos dar advertências ou instruções.
A escrita e a palavra são, com efeito, os meios mais completos para a transmissão do pensamento dos Espíritos, seja pela precisão das respostas, seja pela extensão dos desenvolvimentos que elas comportam. A escrita tem a vantagem de deixar traços materiais, e de ser um dos meios mais adequados, para combater a dúvida.
Videncia:
Médiuns videntes são aqueles que vêem os espíritos. Temos de distinguir três espécies de médiuns videntes:
- Os médiuns videntes que vêem, tanto com os olhos abertos como com eles fechados.
- Os médiuns videntes que vêem somente com os olhos abertos.
- Os médiuns de visão mental.
Intuição:
Médiuns intuitivos são aqueles que captam os pensamentos dos espíritos. Como os outros médiuns, os intuitivos também servem aos espíritos para suas comunicações. Prestam-se muito para a direção das sessões espíritas e para a doutrinação dos espíritos sofredores, porque instantaneamente sabem quais os pontos a tocar para o esclarecimento deles.
Inspiração:
Médiuns inspirados são aqueles aos quais os espíritos sugerem pensamentos. Nas outras mediunidades nós reconhecemos facilmente a ação dos espíritos sobre os médiuns. Porém, com relação aos médiuns inspirados, tal não se dá; a ação dos espíritos sobre eles é tão oculta, tão sutil que mesmo o próprio médium não a sente, apenas percebe que está sendo ajudado em suas idéias.
Existem muitos outros meios que a espiritualidade encontra em chamar nossa atenção, nossa percepção que é falha devido a muitas coisas que nos distraem de nosso foco principal que é acumular méritos morais, ao qual desvirtuamos e focamos no acúmulo de vaidades pessoais, bens materiais, mesmo a custa de sofrimento de outros semelhantes, algo que vamos dia a dia trabalhando para buscar um entendimento de como viver em grupo.
O Livro dos Espíritos:
- Os Espíritos vêem tudo o que fazemos?
— Podem vê-lo, pois estais incessantemente rodeados por eles. Mas cada um só vê aquelas coisas a que dirige a sua atenção, porque eles não se ocupam das que não lhes interessam.
- Os Espíritos podem conhecer os nossos pensamentos mais secretos?
— Conhecem, muitas vezes, aquilo que desejaríeis ocultar a vós mesmos; nem atos, nem pensamentos podem ser dissimulados para eles.
Estas duas questões nos dão uma melhor percepção de tal proximidade que temos com o mundo espiritual, o que nos permite estarmos mais ligados às coisas do Espírito e buscarmos nos alinhar para que sintamos menos quando chegar nosso desencarne.
Realmente a doutrina é um estudo constante.